O mercado da Automação de Processos Robóticos (RPA) tem vindo a crescer a um ritmo constante nos últimos anos, e espera-se que este crescimento prossiga. Devido à procura por softwares desta natureza, têm surgido várias respostas, desde startups que se transformaram em gigantes, como é o caso da UiPath, até grandes intervenientes que expandem a sua oferta para este segmento, como a Microsoft ou a SAP. É evidente que existe uma procura por soluções de “low code” que permitam abstrair a criação de fluxos de automação de processos repetitivos, bem como a capacidade de orquestrar e governar as respetivas iniciativas de automação.
Para criar um software que permita instanciar fluxos de automação de processos, é necessário um investimento significativo em termos de engenharia de software. É complexo criar uma plataforma que englobe todas as vertentes que o RPA implica, tanto que esta só será valorizada conforme os cenários de automação e integrações que possibilite. Daí a necessidade de manter uma plataforma deste género em funcionamento pleno e trabalhar simultaneamente na sua inovação, exigindo várias equipas com competências diversas e responsabilidades. Desta forma, o UiPath, uma ferramenta líder neste segmento, por exemplo, conta com quase 4500 colaboradores registados no LinkedIn. Assim, a existência de licenciamento associado a estas plataformas é plenamente justificada.
Os vários softwares RPA no mercado também têm diferentes morfologias. Alguns são plataformas empresariais completas, enquanto outros se focam mais na abordagem “low code” ou ampliam a capacidade de linguagens de programação nativas. Alguns softwares concentram-se em tipos específicos de automações, integrações e plataformas. O mesmo se aplica às empresas implementadoras como a Engibots, que se concentram em domínios específicos, softwares e indústrias, possibilitando fornecer uma solução completa ao cliente final para resolver os problemas particulares da sua organização.
Assim, elencamos as principais formas de licenciamento dos softwares RPA:
Versões Comunitárias ou Limitadas
Estas versões podem apresentar diversas limitações em termos de funcionalidades ou utilização de recursos. Destinam-se essencialmente à aprendizagem, à criação de processos em ambientes de desenvolvimento, à elaboração de provas de conceito ou a automações de âmbito limitado. São um excelente meio para adquirir conhecimento sobre as funcionalidades e explorar cenários de validação.
Por Robô
O licenciamento por robô é um tipo comum na indústria, em que é adquirida uma licença correspondente por nó de execução. O custo é o mesmo, independentemente de se utilizar uma capacidade baixa ou alta do robô. Este tipo de licenciamento destina-se a organizações que desejam investir estrategicamente na automação de processos, visto que o objetivo é aproveitar ao máximo as horas do robô para rentabilizar a sua alocação.
Por Capacidade
Este modelo tem vindo a crescer nos últimos anos, especialmente devido aos recursos em cloud, e baseia-se no princípio de pagamento conforme o uso (“pay-per-use”). Conforme ocorre consumo e atividade por parte do robô ou robôs, este valor é debitado ao minuto ou à hora no final do mês ao cliente final. O licenciamento por capacidade pode ser uma excelente alternativa para clientes que desejam uma adoção gradual da automação, com menos riscos. O foco desta estratégia de licenciamento é maximizar a eficiência das execuções, com vista a reduzir os custos de licenciamento.
Por Funcionalidade
Diversas plataformas têm adotado o modelo de licenciamento por funcionalidade para serviços complementares ou avançados das plataformas, como conetores específicos ou leitura de documentos. Estas funcionalidades visam amplificar as capacidades básicas de um robô para este executar tarefas mais complexas e abrangentes, permitindo libertar ainda mais trabalho robótico dos colaboradores.
Obviamente, esta é uma descrição bastante generalizada dos modelos de licenciamento, uma vez que cada plataforma tem as suas particularidades e variações conforme a tipologia dos robôs e automações a desenvolver.
Contudo, é importante considerar que cada organização terá as suas necessidades específicas e ambições em termos de automação, pelo que é recomendado proceder a um escrutínio e avaliação de qual a ferramenta a aplicar, assim como o respetivo modelo de licenciamento. É exatamente este conhecimento e apoio que a equipa da Engibots proporciona aos seus clientes, garantindo o sucesso estruturado dos seus programas de automação e a adoção de ferramentas RPA.
