Acelerar o investimento na digitalização com RPAs – Robotic Process Automation

Acelerar o investimento na digitalização com RPAs – Robotic Process Automation

O termo RPA – Robotic Process Automation nos dias correntes já não é uma novidade, é uma tecnologia que veio para ficar, com o intuito de melhorar a realidade laboral.

Se eventualmente esta tecnologia ainda for um termo desconhecido para si, aconselho vivamente a familiarização com esta, visto que as boas práticas de transformação digital recomendam fortemente a sua adoção em diversos cenários empresariais, sempre com o intuito de melhorar a forma como se trabalha. São vários os casos de implementações (especialmente pós início da pandemia) bem-sucedidas utilizando robots para eliminar e auxiliar nas tarefas mecanizadas. No entanto e apesar do potencial desta tecnologia, persistem alguns problemas na sua adoção, implementação e respetiva gestão. Desta forma, partilho a minha análise visando ajudar a melhorar a implementação destas iniciativas:

– É errática a forma como muitas empresas encaram a adoção dos RPAs, muitas vezes como uma medida temporária para resolver um problema pontual na organização. Nos últimos 20 anos, a generalidade das empresas até então, tem investido avultadas quantias monetárias em software com os mais diversos propósitos, com baixo retorno e de difícil integração com os restantes sistemas. Derivado destas experiências, muitos dos sponsors encontram-se atualmente céticos quanto ao retorno elevado dos RPAs, no entanto, é efetivamente possível fazer muito mais com menos investimento, e como tal maximizar o seu potencial. Estas iniciativas devem surgir como parte de uma transformação cultural e digital alargada com um impacto transversal a todos os departamentos das organizações, só assim será possível efetivar a evolução digital das estruturas empresariais. Assim, a implementação dos RPAs deve ser algo estratégico e representativo de uma mudança de mentalidade. Ao adicionar novos processos numa organização, deve-se analisar sempre em primeiro lugar quais são atividades que devem ser delegadas e quais as que carecem de sentido critico para a sua realização

– As iniciativas de RPAs devem ser cuidadosamente preparadas, envolvendo peritos no tema e vários departamentos das empresas. Este tipo de tecnologia tem um rápido ROI – Return of Investiment, no entanto, o seu crescimento deve ser sustentado e planeado. Os projetos de RPA geralmente envolvem duas componentes: Os processos e os robots, sendo os segundos alimentados pelos primeiros. Os processos devem ser analisados, documentados e em alguns casos até otimizados. Este é um trabalho que deve ser feito conjuntamente com peritos do negócio e analistas de robotização. É pretendido assim obter uma descrição detalhada e prioritizada dos processos com base na sua importância e respetivo impacto. A implementação dos robots deve ser feita usando tecnologias que oferecem garantias de continuidade e manutenção a longo prazo. Pode ser tentador por vezes apostar em vendors emergentes cujas licenças são mais apelativas, no entanto este tipo de investimento pode revelar-se caro. As equipas de implementação devem ter um domínio misto de tecnologias assentes em bases de programação. A justificação para tal deve-se à qualidade dos artefactos produzidos, que se pretendem que sejam de fácil manutenção e integração com os restantes sistemas.

– Assiste-se a um aumento substancial do valor oferecido pelas soluções de RPA quando estas incluem Machine Learning. Esta camada tecnológica torna os robots mais completos e capazes, deixando de ser simples robots para se tornarem em soluções verdadeiramente disruptivas. A inclusão de capacidades como o reconhecimento inteligente de documentos ou os chatbots transformam a forma com as organizações avaliam estas oportunidades. Apesar destas soluções por vezes adicionarem complexidade, o Machine Learning baseia-se num conjunto de algoritmos, estruturas e estratégias para ensinarem regras de uma forma dinâmica a um sistema computacional. O que aos dias de hoje já existem múltiplas frameworks e abstrações que permitem facilmente implementar estas soluções em conjunto com os RPAs.

Em suma, estes 3 pontos principais – Encarar a implementação dos robots como uma estratégia alargada, o planeamento cuidado e a inclusão de Machine Learning, permitem maximizar o investimento na transformação digital e respetivo sucesso das iniciativas de RPA nas organizações.

Em suma, estes 3 pontos principais - Encarar a implementação dos robots como uma estratégia alargada, o planeamento cuidado e a inclusão de Machine Learning, permitem maximizar o investimento na transformação digital e respetivo sucesso das iniciativas de RPA nas organizações.